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1915, Abr. 21, p.1.jpg

Blogue

Colóquio Internacional "O dia triunfal de Fernando Pessoa" (6 a 8 de Março): Descrição e Programa Provisório

Estranhar Pessoa

O Projecto Estranhar Pessoa anuncia o Colóquio Internacional "O dia triunfal de Fernando Pessoa", a realizar nos próximos dias 6, 7 e 8 de Março na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O Colóquio é celebrativo do centenário do dia triunfal de Fernando Pessoa, 8 de Março de 1914, e reúne mais de 50 especialistas num amplo debate em torno da vida e obra de Pessoa. A perspectiva crítica é a de uma revisão do Estado da Arte nos diversos campos dos Estudos Pessoanos.

O Colóquio promove ainda um concurso de curtas-metragens sobre Fernando Pessoa, visando premiar a melhor curta-metragem sobre a vida e obra de Pessoa, que será apresentada na sessão de encerramento. No dia 9 de Março terá lugar o passeio Lisboa com Fernando Pessoa.

Encontra aqui o formulário de inscrição no Colóquio e em baixo o Programa Provisório.

 

PROGRAMA PROVISÓRIO:

 

Dia 06

 

Auditório 3

09:15   Recepção dos participantes e apresentação do Colóquio

10:00   António M. Feijó, A necessidade do dia triunfal

10:50   Pausa

11:00    Victor K. Mendes, A ave contra os animais de Alberto Caeiro

Nuno Amado, O dia triunfal do dia triunfal

Ana Almeida, O teu Fernando Pessoa

12:30   Almoço

14:00   Abel Barros Baptista, Razão de se publicarem os heterónimos ortonimamente

Gustavo Rubim, O Pronome Produtivo

Humberto Brito, Existir enquanto pessoa

15:30   Pausa

15:45   Pedro Sepúlveda, A correcção do dia triunfal

Jorge Uribe, Os dias do dia triunfal, antes e depois do “Dia Triunfal”

16:45   Pausa

17:00   José Gil, [Título a anunciar]

 

Sala 1

11:00   Vincenzo Russo, A poesia pensa o século XX: Fernando Pessoa lido por Alain Badiou

Odelia Hitron, Dia Triunfal: Líquidas Biografias

12:30   Almoço

14:00   Bartholomew Ryan, Criando um legado: a Fábula em Pessoa e Kierkegaard

Ana Pinto Leite, “Observar o todo de fora”: A impossibilidade em Pessoa, Wittgenstein e Kierkegaard

Inês Hipólito, Pessoa e Wittgenstein: é “autopsicografia” inefável?

15:30   Pausa

15:45   Flávio Rodrigo Penteado, Chorar lágrimas verdadeiras: ficção e performance na gênese dos heterônimos

Rui Sousa, Os bastidores de Orpheu: o Dia Triunfal e os heterónimos à luz da correspondência

 

Dia 07

Auditório 3

10:00   Fernando Cabral Martins, Alexander Search e Bernardo Soares

10:50   Pausa

11:00   Manuela Parreira da Silva, Os deuses e a guerra, no modo de dizer de António Mora

Paula Cristina Costa, Sensacionismo, o ismo triunfal de Pessoa

Ana Maria Freitas, Fernando Pessoa e a polémica Cadbury

12:30   Almoço

14:00   Manuel Portela e António Rito Silva, A dinâmica entre arquivo e edição no Arquivo LdoD

Diego Giménez, Codificação informática do Livro do Desassossego: do original ao digital

Osvaldo Manuel Silvestre, Política, técnica e poética do arquivo

15:30   Pausa

15:45   Apresentação de livros

16:45   Pausa

17:00   Anna M. Klobucka, Sonetos com manteiga e Lorca em Lisboa: Para uma revisão do contexto modernista dos estudos pessoanos

 

Sala 1

11:00   Gianfranco Ferraro, Manuele Masini e Sandro Petri, Cartografar Pessoa: Notas sobre o Projecto de

Edição Hipertextual do Livro do Desassossego

Fernando Beleza, ‘Um simulacro de mim’: Autobiografia e performatividade no Livro do Desassossego de Bernardo Soares

Joanna Cameira Gomes, Fernando Pessoa e a Grande Brincadeira: Análise do humor no Livro do Desassossego, bastidores do “drama em gente

12:30   Almoço

14:00   Filipa Freitas, Disposição e desejo: conceitos em Álvaro de Campos

Raquel Nobre Guerra, A experiência da multidão em Álvaro de Campos e Walt Whitman: especificidades, nexos e divergências

Armando Nascimento Rosa, Patrício, Pessoa, Campos, Nietzsche: Diálogo em quatro vozes

15:30   Pausa

15:45   José Molina, On me pense: de Rimbaud a Pessoa

Iryna Feshchenko-Skvortsova, Tradução de poesia de Fernando Pessoa, incluindo formas e metros greco-romanas nas odes de Ricardo Reis, para a língua russa

 

Dia 08

Auditório 3

10:00   Richard Zenith, O Reis Triunfal

10:50   Pausa

11:00    Rita Patrício, Da mão que nos conduz: o autor como condição de leitura

Mariana Gray de Castro, A carta de Fernando Pessoa sobre o Dia Triunfal é de Samuel Taylor Coleridge — e não é a chave verdadeira do Dia Triunfal

Madalena Lobo Antunes, Fernando Pessoa, William Blake e o poeta como “essencialmente um místico”

12:30   Almoço

14:00   Paola Poma, Caeiro: nem mais nem menos

Maria do Céu Estibeira, De que falavam, quando falavam de Caeiro? – a vivência do “Mestre” na família heteronímica

Simão Valente, Caeiro e Pascoli: vias paralelas de um neoclassicismo

15:30   Pausa

15:45   Pablo Javier Pérez López, O Conflito que nos queima a Alma: Teive e Antero

Fabrizio Boscaglia, O lugar da civilização islâmica no pensamento e na obra de Fernando Pessoa

16:45   Pausa

17:00   Ivo Castro, Quantas horas tem um dia triunfal?

 

Sala 1

11:00   Roberto Francavilla, Eversão na eversão. Leituras políticas de Pessoa em Itália

Pedro Tiago Ferreira, Revogação e Curadoria: O Caso Pessoa

António Fernando Cascais, Pessoa, génio, loucura e ciência da degenerescência

12:30   Almoço

14:00   Carla Gago, Dia Triunfal & Ocultismo

Cristina Zhou, “E o meu coração é um pouco maior que o universo” – reflexão sobre a questão da Gnose em Fernando Pessoa

Bruno Béu de Carvalho, “More than this, oh,... nothing”: o discurso tautológico como procedimento apofático na poesia de Alberto Caeiro

15:30   Pausa

15:45   Ekaterina Kondratieva, Valérie Rouzeau’s Apothicaria as crossing lines of Modernism

Paula Mendes Coelho, “O princípio baço do dia...”: revisitações do Simbolismo em F. Pessoa

16:45   Pausa

 

Dia 09

15:00   Passeio Lisboa com Fernando Pessoa

            Local de partida: Em frente ao Café Brasileira do Chiado. Duração: 2h30m

            Organização: Lisboa Autêntica. Guia do Passeio: Fabrizio Boscaglia

            Passeio guiado e pedonal. Língua: Português

 

 

Organização e Comissão Científica: Projecto Estranhar Pessoa (PTDC/CPC-ELT/4587/2012)

Comissão Executiva: Pedro Sepúlveda, Humberto Brito, Jorge Uribe, Pablo Javier Pérez López

António M. Feijó e Rui Ramos sobre o centenário do dia triunfal de Fernando Pessoa

Estranhar Pessoa

António M. Feijó e Rui Ramos discutiram no programa "O que fica do que passa" (canal Q, no passado dia 27.12) a importância da celebração em 2014 do centenário do dia triunfal de Fernando Pessoa, 8 de Março de 1914, dia que o poeta definiu como o do aparecimento do seu mestre Alberto Caeiro.

Este dia marca para Pessoa o início da escrita em nome de Caeiro, Reis, Campos et alli. A sua importância não só literária como também histórica será amplamente discutida no Colóquio Internacional "O dia triunfal de Fernando Pessoa" (6, 7 e 8 de Março de 2014, Fundação Calouste Gulbenkian), numa iniciativa do Projecto Estranhar Pessoa sobre a qual daremos mais informações em breve.

Um excerto deste programa pode ser visto aqui.

Workshop "Editing Pessoa, Wittgenstein and von Wright”

Estranhar Pessoa

Informam-se todos os interessados de que terá lugar no próximo dia 21 de Novembro, das 14h00 às 17h30, na sala 0.07, piso 0, do Edifício ID da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, um workshop subordinado ao tema:

 

“EDITING PESSOA, WITTGENSTEIN AND VON WRIGHT”

Programme:

14:00-14:45 - Richard Zenith, _Editing Pessoa: Respect for the Text, the Author, the Reader, and Literature_

14:45-15:30 - Pedro Sepúlveda, _Notes on Pessoa's Editorial Plans_

15:30-16:00 – Break

16:00-16:45 - Nuno Venturinha, _What is behind the Text? An Example from Wittgenstein_

16:45-17:30 - Thomas Wallgren and Bernt Österman, _Understanding and Developing the von Wright and Wittgenstein Archives of the University of Helsinki as a Research Resource_

 

A entrada é livre.

Para mais informações, contacte o organizador, Doutor Nuno Venturinha (nventurinha.ifl@fcsh.unl.pt).

Conversas sobre Pessoa II

Estranhar Pessoa

Como noticiado anteriormente, Humberto Brito iniciou uma série de conversas sobre Pessoa, a primeira com Pedro Sepúlveda. A conversa entre ambos prossegue agora numa segunda parte, abordando questões como a materialidade, o fragmento, a ideia de totalidade, de livro, o pensamento editorial de Pessoa ou a sua noção de indivíduo. Siga a conversa aqui.

Conversas sobre Pessoa

Estranhar Pessoa

Humberto Brito iniciou uma série de conversas sobre Pessoa no seu blogue, a primeira das quais com Pedro Sepúlveda, sobre a noção de ortónimo, de indivíduo, em suma, sobre possibilidades de leitura da obra de Pessoa. A conversa já iniciada promete e irá prosseguir em breve! Pode acompanhá-la aqui.

O dia triunfal de Fernando Pessoa: Call for papers até 1 de Novembro

Estranhar Pessoa

Relembramos que decorre até 1 de Novembro o prazo para envio de propostas para o Colóquio Internacional "O dia triunfal de Fernando Pessoa", a realizar a 7 e 8 de Março de 2014 na Fundação Calouste Gulbenkian. Agradecemos o envio de propostas (título e resumo) que se enquadrem na perspectiva deste Colóquio, de revisão do Estado da Arte nos diversos campos dos Estudos Pessoanos. Encontra aqui a descrição do call for papers, que contém toda a informação necessária a este respeito. 

Nenhum Problema Tem Solução

Estranhar Pessoa

Está em curso no Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra um projecto pioneiro no domínio das Humanidades Digitais, centrado no estabelecimento de um arquivo digital do Livro do Desassossego, assim como no estudo da vertente material deste projecto de livro, que em vida do autor nunca passou disso mesmo.

Veja-se o vídeo de apresentação do projecto, recentemente disponibilizado pela equipa:

"Assuntos Ortónimos" - 26 e 27 de Setembro - BNP

Estranhar Pessoa

Anunciamos a realização do próximo Seminário Aberto do projecto, desta feita dedicado a repensar o significado da expressão ortónimo e as diversas facetas da obra ortónima. O Seminário será realizado no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal. A sessão é de entrada livre e convidamos todos a participarem activamente no debate que acompanhará cada uma das apresentações.

Dossier "Estranhar Pessoa com as Materialidades da Literatura" no primeiro número da MATLIT

Estranhar Pessoa

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O número inaugural da revista MATLIT publica o dossier temático "Estranhar Pessoa com as Materialidades da Literatura", que reúne contribuições do colóquio homónimo, realizado a 25 de maio de 2012 no Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, organizado pelo Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura, pelo Centro de Literatura Portuguesa (CLP) da Universidade de Coimbra e pelo Laboratório de Estudos Literários Avançados (ELAB) da Universidade Nova de Lisboa.

Os artigos apresentados foram produzidos no âmbito de dois projectos de investigação em curso dedicados à obra de Fernando Pessoa: Nenhum Problema tem Solução: Um Arquivo Digital do Livro do Desassossego (CLP, 2012-2015) e Estranhar Pessoa: Um Escrutínio das Pretensões Heteronímicas (ELAB e IFL, 2013-2015).

Fica aqui o convite à leitura dos artigos que este dossier agora reúne, assim como se saúda o lançamento da nova revista dedicada às Materialidades da Literatura.

"Novela Curta" de Álvaro de Campos em "O Notícias Ilustrado", 4 de Agosto de 1929

Estranhar Pessoa

Por mera obra do acaso, segundo afirma o próprio, Humberto Brito descobriu nas páginas de O Notícias Ilustrado, de 4 de Agosto de 1929, uma Novela Curta assinada com as siglas "A. de C.", ou seja, “Álvaro de Campos” (cf. "Ela é que é o cão"). Procurando por este texto nas edições existentes, ele encontra-se, de facto, já publicado em "Pessoa por Conhecer" (pp. 349-350) e "Prosa de Álvaro de Campos" (p. 70). Ambas as edições, no entanto, transcrevem o texto a partir do testemunho do espólio (BNP/E3 71A-57r), desconhecendo o facto de o mesmo ter sido publicado neste suplemento do Diário de Notícias. Modestamente, Humberto Brito confessa-se não demasiado extasiado com esta descoberta filológica, o que o salva do fetichismo dos papéis em que cai tão boa gente, assim como descansado por não ter, neste caso, a necessidade de demonstrar uma autoria já evidenciada pelo testemunho publicado em pelo menos duas edições.

O facto de existir esta publicação, no entanto, não só confere um novo sentido a este misterioso texto, que termina com esse “Ela é que é o cão!” digno de um “raios parta!” (cf. o post de Humberto Brito), por proximidade temática e agora também editorial associado, como defende o mesmo, a "A Origem do Conto do Vigário", artigo publicado duas semanas depois e assinado em nome de Fernando Pessoa, como confirma ou corrige algumas das anteriores intuições dos editores. Em "Pessoa por Conhecer", Teresa Rita Lopes defende que este texto teria sido "preparado nitidamente para publicação", porque "adopta regras ortográficas que habitualmente enjeita", o que vem a ser confirmado. Em "Prosa de Álvaro de Campos" o mesmo texto é aproximado da data de 1932, o que é negado pela evidência da sua publicação em 29.

Não por acaso, este texto surge num mesmo período em que Pessoa publica, no mesmo jornal, vários artigos relevantes, construindo enredos narrativos que merecem a maior atenção da crítica. Disto são exemplo dois artigos sobre uma homenagem ao poeta árabe Al-Mutamide, publicados em Julho de 28 e assinados em nome de Augusto Ferreira Gomes, onde se evidencia uma intervenção de Pessoa, e que se relacionam diretamente com outro publicado anonimamente sobre uma viagem de Afonso Lopes Vieira ao Brasil, em Maio do mesmo ano. Nestes, Pessoa constrói uma narrativa em torno do suposto significado mítico de uma data, a de 29 de Maio de 1928, relacionando-a com uma fundamentação mítica da sua própria obra (cf. a este respeito Sebastianismo e Quinto Império, pp. 156-158 e 295-299).

Não nos podemos esquecer que é no final da década de 1920 e início de 30 que Pessoa reelabora os fundamentos da sua obra, desde logo na Tábua Bibliográfica, publicada em Dezembro de 28, e que retoma ou inicia a escrita de obras decisivas como o Livro do Desassossego, os textos do Barão de Teive e as Notas para a Recordação do meu mestre Caeiro, de Álvaro de Campos. Sabendo como escolhia e preparava muito bem as suas intervenções, não deixam de intrigar estes novos testemunhos de textos interligados, neste caso sobre o Vigário e a vigarice, e assinados tanto em nome de Pessoa como de Campos. Esta divisão da autoria foi, aliás, igualmente esboçada no caso de um inquérito sobre o Fado, ao qual Pessoa responde no mesmo jornal, a 14 de Abril de 29. Encontra-se no espólio um esboço que atribui parte da resposta, num tom de repúdio, oposto ao do ortónimo, ao mesmo Campos (v. Sebastianismo e Quinto Império, pp. 125-126 e 293-294).

Pedro Sepúlveda

 

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